O que é "brain-rot": novo efeito negativo que está afetando a saúde das pessoas

Expressão que ganhou notoriedade se refere ao apodrecimento mental pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais

O que é "brain-rot": novo efeito negativo que está afetando a saúde das pessoas
Órgãos de saúde alertam sobre o consumo excessivo de conteúdos de baixa qualidade nas redes sociais | Foto: Reprodução/Freepik

Eleita a palavra de 2024 pelo Dicionário Oxford, "brain-rot" que em português significa "cérebro podre"', obteve 130.000 buscas ao longo do mesmo ano.

Os pesquisadores do Dicionário Oxford afirmam que entre os anos de 2023 e 2024 a procura pela expressão cresceu 230%. E avaliam que, possivelmente, isso se deu pela preocupação pelo impacto trazido por tantos conteúdos de baixa qualidade online. 

Brain-rot é o apodrecimento cerebral causado pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais e pouco desafiadores, do tipo que são muito consumidos nas redes sociais. 

O que é "brain-rot"?

Brain-rot é o apodrecimento cerebral causado pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais e pouco desafiadores, do tipo que são muito consumidos nas redes sociais. 

A primeira vez em que a palavra foi usada foi em 1854, pelo filósofo Henry David Thoreau, em seu livro “Walden”. Thoreau a falta de ideias complexas que eram contemporâneas a ele.

O autor comparava o “brain-rot” ao apodrecimento das batatas.

Analfabetismo funcional e o uso de redes sociais
Dados publicados pela Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional), em 2025, revelaram que três a cada dez brasileiros com idades entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais.

Este dado corresponde a 29% da população do Brasil.

Segundo matéria do portal Agência Brasil, analfabetismo funcional é o termo utilizado para pessoas que não sabem ler e escrever ou sabem muito pouco, a ponto de não compreenderem pequenas frases ou identificarem números de telefone e preços.

De acordo com a pesquisa, mesmo com limitações, analfabetos são usuários frequentes das redes sociais.

Ana Lima, responsável pelo relatório do Inaf, afirma que o uso das redes sociais é grande, mas são limitados. 

“Essas pessoas não vão tirar proveito das redes sociais para conseguir informações, garantir direitos, porque não conseguem discernir conteúdos”, afirma a pesquisadora.

Mesmo a pesquisa não trazendo números que relacionem o analfabetismo funcional com “brain-rot”, os dados podem ajudar a compreender o porquê conteúdos superficiais são tão consumidos na internet. Uma vez que quase 30% da população brasileira tem dificuldade em compreender frases e textos mais complexos.

Leia mais em: https://www.gazetasp.com.br/gazeta-mais/curiosidades/o-que-e-brain-rot-novo-efeito-negativo-que-esta-afetando-a/1155578/