Avião com 200 passageiros voa da Alemanha à Espanha sem piloto por 10 minutos

Co-piloto desmaia durante voo da Lufthansa e deixa cabine vazia; incidente levou a mudanças nas recomendações de segurança

Avião com 200 passageiros voa da Alemanha à Espanha sem piloto por 10 minutos
Getty Images

Um voo da Lufthansa entre Frankfurt, na Alemanha , e Sevilha, na Espanha , ficou sem ninguém no comando da aeronave por aproximadamente 10 minutos após uma série de eventos inesperados. O caso, que ocorreu em fevereiro de 2024, só veio à tona recentemente, com a publicação do relatório final das autoridades espanholas de aviação.

De acordo com informações do site Business Insider, o voo transportava cerca de 200 passageiros quando o capitão decidiu ir ao banheiro enquanto a aeronave se aproximava do espaço aéreo espanhol, restando cerca de 30 minutos para o pouso. O que seria uma pausa rotineira tornou-se um momento crítico: ao tentar retornar à cabine após oito minutos, o comandante não conseguiu abrir a porta, apesar de ter digitado o código de segurança cinco vezes.

Uma comissária de bordo tentou contato com o copiloto de 38 anos por meio do interfone, mas também não obteve resposta. Até aquele momento, o copiloto não apresentava nenhum sinal de mal-estar. Porém, durante a ausência do capitão, ele teria perdido a consciência, deixando a aeronave sem comando efetivo.

Segundo o relatório, o primeiro-oficial acabou recuperando os sentidos e abriu a porta para o comandante. Nesse intervalo, estima-se que o avião tenha ficado sem piloto ativo por cerca de 10 minutos.

Ao retornar à cabine, o capitão encontrou o copiloto “pálido, suando e com movimentos estranhos”. Ele foi imediatamente atendido por membros da tripulação e por um médico que estava a bordo. A aeronave foi então desviada para Madri, o aeroporto mais próximo, para que o copiloto recebesse cuidados médicos urgentes.

O laudo oficial aponta que a “incapacitação súbita e grave” do primeiro oficial foi causada por um distúrbio neurológico já diagnosticado, com histórico de crises convulsivas.

O Business Insider relatou que, “investigadores recomendaram que a Agência Europeia para a Segurança da Aviação informe todas as companhias aéreas sobre o incidente, para que reavaliem os riscos de deixar apenas um piloto na cabine de comando”. A Lufthansa não respondeu ao pedido de comentário da reportagem.

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