Moraes revoga prisão preventiva e determina soltura de Gilson Machado
Ministro do Supremo proíbe ex-auxiliar de Bolsonaro de sair do país após determinar soltura

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta sexta-feira a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado. O ex-auxiliar de Jair Bolsonaro foi preso pela manhã em Recife (PE), sob suspeita de tentar emitir um passaporte português para o delator Mauro Cid, réu no processo da trama golpista.
Na decisão, o ministro do STF afirma que não há mais necessidade da prisão, mas ordenou algumas medidas cautelares, como comparecimento quinzenal à Justiça, proibição viagens e saída do país, cancelamento do passaporte e proibição renovação do documento.
Segundo Moraes, há indícios suficientes de que Gilson Machado buscou ajudar Cid a fugir da aplicação da lei penal, o que poderia configurar o crime de obstrução de investigação.
Na decisão pela revogação da prisão, Moraes ressaltou ainda que, em audiência de custódia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) "se manifestou pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares menos gravosas".
"Com as diligências realizadas pela Polícia Federal, a prisão preventiva não se faz mais necessária, cuja eficácia já se demonstrou suficiente, podendo ser substituída por medidas cautelares alternativas", acrescentou Moraes.
Com a decisão, o advogado de Gilson Machado se dirigiu a unidade prisional de Abreu e Lima, Pernambuco, para a soltura de seu cliente.
Fonte: Globo.com