Jeep Avenger é confirmado no Brasil e será rival premium de Tera e Kardian
Menor SUV da marca começará a ser produzido em nosso país no ano que vem; veja o que já sabemos da novidade

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O segmento de SUVs de entrada cresceu tanto no Brasil que até a Jeep, conhecida por seus modelos com grande aptidão off-road, resolveu entrar no jogo. Após vários flagras e informações extra-oficiais, a marca finalmente confirmou que o Avenger será produzido e vendido por aqui a partir de 2026.
A confirmação aconteceu em evento de comemoração dos dez anos de produção nacional da Jeep na fábrica de Goiana (PE). Uma unidade do Jeep Avenger foi mostrada aos jornalistas com portas trancadas vidros e películas muito escuras para não revelar nada por dentro. Além disso, executivos da montadora não disseram uma vírgula de informação adicional além das citadas no primeiro parágrafo.
Seja como for, fato é que o Jeep Avenger será mais um SUV compacto do segmento de entrada a disputar terreno com Fiat Pulse, Renault Kardian, Citroën Basalt e Volkswagen Tera, além dos vindouros crossovers derivados de Chevrolet Onix (projeto Carbon) e Hyundai HB20.
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Apesar de a cerimônia ter sido realizada na unidade pernambucana, o Avenger será feito em outro local, a milhares de quilômetros de distância. A fábrica escolhida pela Stellantis foi a de Porto Real (RJ), de onde já saem os Citroën C3, Aircross e Basalt. Para o local, foi destinado um investimento de R$ 3 bilhões.
Em comum com os Citroën já produzidos em solo fluminense, está o fato de p Jeep Avenger compartilhar a mesma plataforma CMP, também conhecida como STLA Small, embora em sua variante mais sofisticada. É a mesma base usada pela Peugeot na Argentina para 208 e 2008.
Jeep Avenger tem acabamento interno simples para os padrões europeus, com muito plástico duro — Foto: Divulgação
Podemos dizer, inclusive, que o Avenger é uma espécie de SUV derivado do 208 na Europa. Além da plataforma, os dois compartilham conjuntos mecânicos e algumas peças aparentes, como retrovisores.
A versão brasileira, no entanto, terá algumas diferenças para o modelo europeu. Começando pela motorização. A Jeep vai compartilhar o excelente conjunto de origem Fiat formado pelo motor 1.0 turbo flex de três cilindros com 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque e câmbio automático CVT que simula 7 marchas. O sistema híbrido leve de 12V, já oferecido em Pulse e Fastback, estará disponível desde o lançamento.
Uma possível novidade é o Avenger brasileiro ser lançado com visual atualizado. Isso porque a versão europeia está em linha desde o início de 2023. Ou seja, já são quase três anos de estrada, intervalo que as fabricantes normalmente usam para promover as reestilizações de meio de ciclo.
O interior lacrado também indica que o Avenger nacional deve ter diferenças de acabamento interno em relação ao irmão europeu, já testado por Autoesporte tanto em sua configuração híbrida leve quanto na versão elétrica. Além disso, é bem provável que o SUV tenha pelo menos uma versão 4x4, algo mandatório em todo Jeep produzido mundialmente.
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Caso as dimensões do Jeep Avenger não sejam alteradas em relação ao modelo europeu, o SUV ficará na média do segmento. Na Europa, são 4,08 metros de comprimento, 2,56 m de entre-eixos, 1,77 m de largura e 1,53 m de altura. No porta-malas vão 355 litros.
Com o Avenger, a Jeep vai passar por uma segunda onda de popularização em suas lojas. A primeira, com o Renegade, ocorreu há exatos dez anos, em 2015, fez da marca, então pouco conhecida no Brasil, a líder entre os SUVs.
Agora, além de baixar o preço médio de seus veículos, também trará um público que é menos adepto do off-road. No exterior, o Avenger tem tração integral apenas em versão híbrida leve com um conjunto de 48 volts.
Obviamente os preços do Avenger não foram revelados. No entanto, podemos esperar que ele seja posicionado um pouco acima do Pulse e abaixo do Renegade. Se fosse lançado hoje, poderíamos estimar uma faixa de R$ 130 mil a R$ 160 mil.
Fonte: Auto Esporte