Dia do Orgasmo: autoconhecimento ajuda as mulheres a atingirem o ápice do prazer
Renata Frisson, a Mulher Melão, pretende celebrar a data praticando sexo

O clima promete esquentar nesta quinta-feira (31), e o assunto não é a previsão do tempo. O Dia Mundial do Orgasmo é celebrado nesta data, desde 1999, e tem como objetivo de conscientizar sobre o prazer e uma vida sexual saudável. Considerado o clímax da transa, o assunto - considerado por muitos um tabu - foi até tema da personagem Leila, interpretada por Carolina Dieckmmann, na novela "Vale Tudo", da TV Globo. A ex de Ivan (Renato Góes) só descobriu que prazer e orgasmo eram coisas diferentes quando foi para a cama com Marco Aurélio (Alexandre Nero).
"O orgasmo feminino, do ponto fisiológico, ele depende de duas coisas. Primeiro, excitação de uma zona erógena na mulher, mamilos, clitóris e cavidade vaginal, que é onde tem mais terminações nervosas, a face anterior da vagina. Então, essas são zonas erógenas que, se estimuladas, podem gerar o orgasmo. Existem vários tipos de orgasmo. Existe o orgasmo clitoriano, existe o orgasmo vaginal e existe o orgasmo neurológico, onde essa mulher de tão estimulada neurologicamente, sexualmente, visualmente, ela consegue também deter esse orgasmo que a gente chama orgasmo feminino", explica a médica ginecologista Ana Paula Noronha.
E há diferença entre o orgasmo clitoriano e o vaginal. "O clitoriano é mais específico, quando tem excitação e quando tem o toque nessa região. A gente sabe que o clitóris é uma região bastante inervada. Essa inervação leva a essa sensação de plenitude, então existe diferença. Já o orgasmo vaginal, ele depende dessa penetração perfeita, harmoniosa, que se dá nessa face anterior da vagina. Imagina a vagina dividida em quatro, vamos dizer, o teto dessa vagina, que é a parte superior, ela é mais inervada e ela consegue também uma sensação. Como mulher, posso dizer que são sensações bastante diferentes, mas que chegam no mesmo estágio de plenitude, de prazer intenso, que muitas das vezes no final é tão intenso que dá vontade de chorar, muitas mulheres relatam isso", afirma.
A profissional ainda confirma que é possível ter orgasmos múltiplos."Algumas mulheres relatam ter o orgasmo do canal vaginal atrelado ao clitoriano. Sim, acontece. Não é comum que precise de muita conexão, aquela mulher precisa de um grau de excitabilidade muito alto, uma conexão importante com seu parceiro. Vamos dizer que é raro, sim, mas ele acontece".
De acordo com Ana, a falta de conhecimento sobre o próprio corpo é considerada uma das grandes dificuldades para as mulheres 'chegarem lá'. "Uma mulher que se conhece, uma mulher que se toca, uma mulher que sabe o que é prazer nela mesma, ela não terá dificuldade. O grande problema é que a maioria das mulheres não se conhecem, não se tocam, não se autodesejam. Elas acham que depende isso do outro. Então, tem vários fatores emocionais, socioculturais. A gente sabe que o nosso país é extremamente machista, misógino, em que a mulher não tem esse direito de ter prazer. Só os homens detêm esse direito".
Com isso, a masturbação é indicada pela ginecologista. "Ela fundamental para conhecer o próprio corpo, alcançar seu próprio orgasmo sozinha. Uma mulher tem e deve conhecer seu corpo, seu prazer solitário. Ele é benéfico e ajuda a você a quando você está com os seus parceiros ou parceiras, dependendo de como é a sua vida sexual. Então é de grande valia, estimulo isso para as minhas pacientes. Isso é excelente, masturbação é vida", destaca.
Renata Frisson, conhecida como Mulher Melão, pretende celebrar a data praticando sexo. "Não tem nada melhor do que ter orgasmo, afinal de contas, quem goza é muito mais feliz. Eu adoro esse dia e com certeza vou passar praticando bastante. Esse dia quero me jogar. Aconselho a todas as mulheres a fazerem a mesma coisa, a se soltarem e ver o quanto é gostoso ter orgasmo".
A funkeira ressalta que não é preciso de um parceiro para chegar no clímax na data comemorativa. "Só não pode deixar de sentir prazer. Eu tenho vários brinquedinhos, por exemplo, e uso bastante".
Fonte: O Dia