Avião soviético Antonov apelidado de 'trator voador' cai na Rússia com 49 pessoas a bordo
Helicóptero de socorristas não detectou sobreviventes ao sobrevoar a região do acidente

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Um avião com 49 pessoas a bordo caiu nesta quinta-feira (24) na região de Amur, no Extremo Oriente da Rússia.
O Centro de Defesa Civil e Segurança da região informou que o helicóptero dos socorristas sobrevoou a zona do acidente e não detectou sobreviventes. Equipes de resgate estão sendo enviadas por terra.
A aeronave, do modelo Antonov An-24, voava de Blagoveschensk para Tinda, uma cidade remota e importante entroncamento ferroviário perto da fronteira com a China. Segundo as autoridades locais, ela desapareceu dos radares enquanto se preparava para pousar e caiu em uma área densamente florestada.
O avião, fabricado na era soviética e com quase 50 anos de uso, pegou fogo. Um vídeo filmado de um helicóptero e postado nas redes sociais mostrava uma fumaça pálida subindo do local do acidente.
A aeronave fazia um voo operado por uma companhia aérea regional privada com sede na Sibéria chamada Angara. O número de cauda da aeronave indicava que ela foi fabricada em 1976 e operada pela companhia aérea estatal soviética Aeroflot antes do colapso da União Soviética em 1991.
Havia 43 passageiros a bordo, incluindo cinco crianças, e seis tripulantes, de acordo com dados preliminares, informou o governador regional Vasily Orlov. Os destroços do avião foram encontrados em uma colina a cerca de 15 km de Tinda.
"Durante a operação de busca, um helicóptero Mi-8 encontrou a fuselagem da aeronave, que estava em chamas", informou o Ministério dos Serviços de Emergência no Telegram. "Os socorristas continuam a caminho do local do acidente."
O governo afirmou que abrirá uma investigação sobre a causa do acidente. O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre a queda do avião e está sendo atualizado sobre o caso, segundo o Kremlin.
Apelidados de "tratores voadores", os An-24 movidos a hélice são considerados confiáveis pela indústria de aviação russa e são bem adaptados às condições severas da Sibéria, pois conseguem operar em temperaturas abaixo de zero e não precisam de pistas pavimentadas para pousar.
Fonte: Folha de São Paulo