Menopausa dificulta emagrecimento após os 50 e exige cuidados com a musculatura
Mulheres na menopausa devem adotar terapia hormonal e exercícios para combater ganho de peso e riscos à saúde associados à fase.

Mulheres na menopausa enfrentam desafios significativos, como fogachos, cansaço e dificuldades para emagrecer. A redução do metabolismo e da massa muscular, comum nessa fase, dificulta a manutenção do peso ideal e provoca acúmulo de gordura abdominal. A médica nutróloga Marcella Garcez destaca que a diminuição da massa muscular resulta em um menor gasto calórico em repouso, complicando ainda mais o emagrecimento.
A queda dos hormônios, especialmente estrogênio e testosterona, impacta diretamente a composição corporal. O ginecologista Igor Padovesi alerta que muitas mulheres recorrem a dietas radicais, que podem ser prejudiciais. A ginecologista Patricia Magier enfatiza que a perda de massa magra é uma tendência após os 40 anos, e a preservação dessa massa é crucial para evitar doenças como sarcopenia e osteoporose.
Abordagem Multidisciplinar
A terapia hormonal é uma das principais recomendações para melhorar a saúde na menopausa. Igor Padovesi afirma que a reposição hormonal adequada pode facilitar o ganho de massa magra e aliviar sintomas. A endocrinologista Deborah Beranger ressalta que as mudanças hormonais também podem aumentar o cansaço e a ansiedade, afetando a qualidade de vida.
Patricia Magier propõe uma abordagem multidisciplinar, que inclui avaliação hormonal personalizada e acompanhamento nutricional. A alimentação deve priorizar proteínas, fibras e carboidratos complexos, enquanto a prática de exercícios resistidos, como musculação, é essencial para manter a massa muscular e a saúde óssea.
Importância da Atividade Física
A atividade física regular não apenas ajuda a controlar os fogachos, mas também melhora o bem-estar geral. O consumo adequado de proteínas de alto valor biológico é fundamental para a síntese muscular. Marcella Garcez recomenda a hidratação e a inclusão de antioxidantes na dieta para combater o estresse oxidativo.
Além disso, a menopausa pode aumentar o risco de doenças hepáticas, como a doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica. Deborah Beranger alerta que a queda do estrogênio pode prejudicar a saúde do fígado, tornando ainda mais importante a adoção de hábitos saudáveis e a busca por tratamento adequado.
Por: Portal Tela