URGENTE: Após tentar absolver Bolsonaro, Fux pede para sair da 1ª Turma do STF
Em um movimento que expõe as fragilidades de um Judiciário que deveria ser imparcial, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou formalmente nesta terça-feira (21) sua saída da 1ª Turma da Corte para ingressar na 2ª Turma. A decisão chega logo após ele ser isolado em um julgamento crucial, onde seus argumentos frágeis e desconexos falharam na missão de blindar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados golpistas. Não é aceitável que um magistrado de tamanha estatura queira escolher colegiados como se fosse um clube privado, fugindo para onde estão seus “amigos” ideológicos, só porque perdeu a batalha pela impunidade.
O pedido foi protocolado diretamente ao presidente do STF, ministro Edson Fachin, invocando o artigo 19 do Regimento Interno da Corte. Fux justifica sua pretensão pela vaga deixada pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, como se isso fosse motivo suficiente para remanejar o tabuleiro judicial ao seu bel-prazer. Tal atitude ignora o princípio basilar da lotação aleatória e impessoal das turmas, transformando o STF em palco de manobras pessoais.
Atualmente, Fux ocupa assento na 1ª Turma, responsável por analisar os crimes da conspiração golpista que abalou a democracia brasileira. Lá, ele divide o espaço com os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino, um time comprometido com a aplicação rigorosa da lei contra os extremistas. Já a 2ª Turma, alvo da ambição de Fux, é integrada por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Kássio Nunes Marques, esses dois últimos figuras notórias por sua proximidade com o bolsonarismo e por decisões que frequentemente favorecem os investigados no mesmo esquema criminoso.
O estopim para essa debandada foi o julgamento de setembro, quando a 1ª Turma, por 4 votos a 1, condenou Bolsonaro e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado. Fux, mais uma vez, proferiu um interminável, absurdo e solitário voto de 13 horas de duração em defesa dos acusados, repleto de raciocínios tortuosos que não resistem a qualquer escrutínio lógico. Derrotado e exposto, o ministro agora busca refúgio na turma "amiga", onde Mendonça e Nunes Marques, indicados pelo próprio Bolsonaro, poderiam facilitar suas investidas revisionistas.
Cada turma do STF reúne cinco dos 11 ministros, com o presidente da Corte fora dos grupos para evitar concentrações de poder. A aprovação do pedido depende exclusivamente de Fachin, que enfrenta agora um dilema ético: ceder a essa troca conveniente ou preservar a integridade institucional. Se Fux for transferido, a vaga na 1ª Turma caberá ao próximo indicado pelo presidente Lula, reforçando um colegiado já sólido contra as ameaças golpistas. Por outro lado, a outra turma, a 2ª, se converterá num colegiado bolsonarista, com três dos cinco integrantes simpáticos à extrema direita.
Essa manobra de Fux não é apenas uma troca de cadeiras: é um deboche com a sociedade brasileira, que clama por juízes independentes e não por aliados seletivos de facções políticas. Um Supremo que permite escolhas assim compromete sua própria legitimidade, abrindo portas para mais extremistas escaparem da justiça. É hora de Fachin dizer não e impedir que o STF vire quintal de bolsonaristas arrependidos.
Fonte: Msn



