Após 12 horas e 162 voos cancelados, Santos Dumont é reaberto
Vazamento fez aeroporto ser fechado, provocando caos entre passageiros.

As operações no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, foram retomadas na noite desta terça-feira. O local estava fechado desde o início da manhã por causa de vazamento de óleo que atingiu a pista principal. De acordo com a Infraero, o incidente ocorreu durante uma manutenção preventiva noturna fora do horário de funcionamento do terminal, que é das 6h às 23h. Até as 16h, foram registrados 162 voos cancelados, sendo 80 de chegada e 82 de partida, e outros 14 foram alternados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, na Zona Norte da capital.
Ao longo do dia, a Infraero, que administra o Santos Dumont, mudou a previsão de reabertura das pistas algumas vezes. Logo no início da manhã, quando alguns passageiros já estavam embarcados nas aeronaves, passageiros receberam avisos de que a limpeza da pista demoraria cerca de 15 minutos. Três horas depois, eles tiveram que desembarcar, quando a reabertura tinha sido postergada mais uma vez: seria às 14h da tarde. Ainda houve dois adiamentos: um para às 17h e outro em que a administração do aeroporto retirou a previsão de horário, afirmando somente que só reabriria após a limpeza total e segurança da pista. O primeiro avião a decolar ontem deixou o aeroporto às 18h 30 rumo à Belo Horizonte, capital de Minas Gerais — a aeronave estava prevista para sair às 7h45.
O aeroporto funciona apenas das 6h às 23h, mas teve a operação estendida para a madrugada. Segundo a Infraero, o problema começou por volta das 3h e teve origem do motor de um caminhão “desemborrachador”, que vazou óleo. O veículo é comum em aeroportos e possui uma máquina que remove borracha da pista — deixada pelos freios de pouso das aeronaves, melhorando o atrito ou tirando antigas sinalizações do chão para uma nova marcação.
Desde que o problema foi detectado, funcionários tentaram atuar na limpeza da pista. Imagens aéreas mostraram um mutirão de pessoas com rodos para tentar tirar o óleo deixado pelo caminhão durante a madrugada. A Infraero afirmou que “utilizou todos os recursos disponíveis para liberação da pista no menor prazo possível” e que usou um desengraxante biodegradável em conjunto com a água de carros contraincêndio, que possuem jatos de alta pressão.
“A composição do pavimento das pistas de pouso e decolagem é específica, sendo a limpeza minuciosa necessária para garantir os níveis de atrito das aeronaves com o solo”, completa a empresa em nota.
Fonte: Globo.com