Mercado reage positivamente ao 1º turno da eleições, com esperança de moderação

Mercado reage positivamente ao 1º turno da eleições, com esperança de moderação

Os mercados reagiram positivamente ao primeiro turno das eleições na última segunda-feira (3).

Com desempenho melhor inclusive entre bolsas internacionais, o Ibovespa, principal índice brasileiro, subiu em mais de 5,5% e fechou em 116 mil pontos. Já o dólar caiu 4%, maior queda diária desde junho de 2018, e foi a R$ 5,17.

O segundo turno das eleições guarda expectativas de moderação: tanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto Jair Bolsonaro (PL) vão brigar pelos votos do centro e devem abrir mão de propostas mais radicais do ponto de vida da economia. Isso se aplica, sobretudo, ao ex-presidente Lula, que, muito forte nas pesquisas eleitorais, era visto com uma espécie de “carta branca” na condução econômica.

Agora mais próximo de Bolsonaro, segundo o resultado das urnas, a expectativa de “carta branca” foi descartada e espera-se um discurso mais moderado. A configuração do Congresso mais à direta também tranquilizou temores de mudanças maiores na economia, principalmente quanto a reformas que Lula sinalizou que poderia mexer.

Mais do que pendendo para um candidato ou outro, o mercado reage sempre com pragmatismo ao observar um eventual aumento de gastos pelo próximo governo, que já terá pouco espaço para manobras segundo o Orçamento de 2023.

Lá fora, a reversão do plano econômico no Reino Unido trouxe otimismo aos mercados, que tiveram ralis em meio a fortes turbulências anteriores.

O dado do desempenho da indústria dos Estados Unidos também agradou ao vir pior que a expectativa, em linha com a máxima “dado ruim é bom”. A interpretação é que a atividade pode estar perdendo ritmo, indicando uma inflação possivelmente menor e, por consequência, uma maior moderação nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Por: Tamara Nassif CNN Money