Espero que Amorim traga da Ucrânia indícios para conversar sobre paz, diz Lula

Declaração foi dada durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte; premiê afirmou que os Países Baixos vão apoiar os ucranianos pelo tempo que for necessário

Espero que Amorim traga da Ucrânia indícios para conversar sobre paz, diz Lula
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de chegada do Primeiro-Ministro da Holanda, Mark Rutte Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta terça-feira (9), esperar que o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, traga indícios para o começo de uma conversa sobre paz de sua viagem à Ucrânia em relação ao conflito com a Rússia.

“Hoje o Celso Amorim chegou na Ucrânia, ele já tinha ido à Rússia, ele viajou 12 horas de trem para poder chegar. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios e soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz”, afirmou Lula durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, no Palácio do Planalto.

“Ele já sabe o que o [Vladimir] Putin quer, ele agora vai saber o quer o [Volodymyr] Zelensky. E, aí, vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra”, continuou o presidente brasileiro.

Em sua viagem à Rússia no começo de abril, Amorim disse à CNN que não estão “totalmente fechadas” as portas para uma negociação de paz com o país.

Lula explicou ainda que o primeiro caminho não é o da paz, mas sim o da necessidade de parar a guerra, mas que isso não é fácil.

“Todo mundo sabe que o Brasil condenou a ocupação territorial da Ucrânia feita pela Rússia. O Brasil já votou na ONU e repetiu o voto. Mas, ao mesmo tempo, achamos que é preciso não estimular a continuidade do erro. É preciso tentar dar uma parada nisso”.

Rutte relatou que ficou feliz por ter conversado sobre a Ucrânia com Lula. Em sua fala ele mencionou que “os Países Baixos vão apoiar a Ucrânia o tempo que for necessário”.

Por: CNN